sábado, 24 de julho de 2010

DEVANEIO nº 18 - Um olhar sobre Ro Rô – e sobre mim mesma – (4).

Muitas águas rolaram desde o último post.
O semestre acabou! A Disputa Eleitoral começou! A Copa passou! E o Brasil não ganhou!
Nos últimos dias a novela Bruno / Eliza tem tirado a audiência inclusive das já não mais interessantes tramas Globais.
Minha vida certinha e planejada também deu uma bagunçada. Decisões importantes sobre o futuro acadêmico mudaram um pouco o que estava previsto (ao menos em minha mente insana).
Junto disso tudo, nada melhor que o surgir de uma grande paixão para nos fazer sonhar um pouco e suavizar o dia-a-dia.
A concretude de um processo que talvez tenha me percorrido nestes 22 anos, ou então a abstração das cobranças quadradinhas da sociedade, ou ainda um momento (desejo/emoção) para destoar da saturada racionalidade (em preto e branco) que sempre me guiou...
Mas, pelo que tudo indica, não passou de “uma linda experiência” que deixou alguns arranhões no meu “casco ainda fino”.
O que fazer com isso o tempo dirá!
Por enquanto é curtir a ressaca sentimental recordando bons momentos.

O fato é que eu já estava com saudade de “devanear”, e dentre tantas coisas me faltava estímulo.
Isso tudo me recobrou o término de um compromisso já firmado aqui e interrompido. Ainda estou devendo o comentário de 5 discos da Ro Rô.
Nem sei se meus dizeres estimulam aos que lêem (se lêem), porém satisfaz a minhas emoções, pois ouvir estes discos me remetem sempre a uma auto terapia e reflexões internas.
E mais, levando-se em conta que a internet nos proporciona a utopia de falar para o nada ou para muitos ao mesmo tempo, contemplando ambos os anseios de uma vez só, não preciso de terapeuta particular (estes que, a meu ver, são inimigos das paixões, dos desafios e das belezas que só o outro – “o do divã” – pode vivenciar).

Desabafo feito, vamos à Ro Rô.
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PROVA DE AMOR – 1988: coincidentemente é o álbum que traz a trilha sonora que embalou boa parte da “paixonite” (mentira, paixãozona) comentada acima, e talvez o maior sucesso dele.
“Meu benzinho” é um pop blues interpretado com muita singeleza. Propõe companheirismo, compreensão e entrega. Dentre as outras canções é a que mais nos remete à Ro Rô dos primórdios.
Ainda que composto por algumas músicas-protesto como “Photo Kilian” e “Viciado em Regras”, além de outros Rocks e músicas internacionais, sempre presentes nos trabalhos da cantora, penso que no limiar, tivemos a música-título como um segundo sucesso.

- Não está de boa qualidade, mas infelizmente é o único vídeo disponível para "Meu benzinho"
http://www.youtube.com/watch?v=FKOK4wtfeac


NOSSO AMOR AO ARMAGEDON – 1993: Certamente um divisor de águas. Após cinco anos sem gravar, Ro Rô nos abrilhanta com este disco, já em parceria com o maestro Ricardo MacCord, gravado na casa de show carioca Jazzmania.
Com três regravações, o álbum é composto ainda por outras 13 belíssimas inéditas interpretações.
É uma síntese. Blues, Jazz, Bossa Nova...Ângela Ro Rô. Tanto é que desta seleção saíram canções imortalizadas em sua voz e carreira, como: “Quero mais”, “Ne me quitte pas”, “All the way”, “Querem nos matar”, “Joana Francesa” e “Night and days”.
Das releituras do próprio repertório: “Amor, meu grande amor” (1979) e “Fogueira” (1984), esta última que poderia ser a trilha sonora referente à essa minha ressaca...ao pós-tudo.

- Para "Fogueira" já temos mais sorte. Imagens do DVD.
http://www.youtube.com/watch?v=Mbehp4GZOaI

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