Naquele dia (o da “discussão”) fiquei um pouco calada. Na verdade refletindo sobre minhas preferências. Gosto ou não de estar com O Corpo?
Como eu disse aos presentes da noite: “meu Corpo é bem pequeno, não se interfere muito em minha vida e não tira minha liberdade”. Este que era o argumento principal dos que rejeitava os seus.
Agora, já faz uma semana que voltei para casa de minha mãe para passar as férias e em alguns instantes me pego pensando sobre minha relação com Meu Corpo. Acho, sim, que ele me traz estabilidade e as representações e recordações de minha infância refletem muito em tudo isso.
Ontem foi noite de Natal. (Aliás, espero que todos tenham tido um Bom Natal!).
Fui com "meu Corpinho" (mãe e irmã) passar a Ceia na casa de alguns amigos.
E veja como é nosso instinto, meu caro Zé, se nosso Corpo é pequeno procuramos o de outros...rs..
Até a meia-noite estava tudo um pouco morno (menos minha fiel escudeira, “loira gelada”). Mas, após o estouro da champagne, ao primeiro que puxou o violão e dedilhou um “modão” eu juntei minha cadeira e soltei o gogó, aos velhos moldes da mais autêntica menina do interior. Neste momento me esqueci de Marx, ou do recém estudado, Schumpeter. Esqueci-me até mesmo das minhas mais recentes descobertas da MPB.
Esqueci, enfim, da intelectualidade que tenta aflorar em mim para deixar falar a minha essência; para minha I-DEN-TI-DA-DE transcender.
Uma coisa, porém, não podemos negar: Natal é sempre Natal.
Vai-se ao mercado com o Corpo comprar os ingredientes para a Ceia. E os brasileiros são impressionantes: vão todos juntos e de ultima hora.
Come-se e bebe-se um monte.
No outro dia no almoço a famosa comida japonesa: Yakisobra!
À tarde todos dormem, pois à noite é preciso se reunir novamente.

Agora, todos na sala para a atração gratuita que se repete a exatos 35 anos na Rede Globo.
A noite de 25 de Dezembro há mais de três décadas é coroada pelas canções de Roberto Carlos. “Outra Vez” ele vem com o “Eu te Proponho” convidar-nos para os “Detalhes” da “Estrada de Santos” que nos leva sempre “Além do Horizonte” a comemorar o aniversario de “Jesus Cristo”.
Em 35 anos pouco mudou. O cantor é o mesmo. As canções também. E assim o são o velho Wanderlei no piano e Eduardo Lajes na regência.
O que muda sempre é a roupa do Rei. No entanto, não muito. Apenas o modelo e o tom, pois há poucas variações nas cores restritas entre o branco e o azul.
Porém, Roberto não deixa de surpreender.
Já faz um tempo que ele tem dado espaço para que As Globais “soltem” a voz ao seu lado. Assim como convidado os sertanejos para sua companhia.
Mas, vamos combinar que Dna. Norminha ao som de Calcinha Preta foi demais. Principalmente por contrastar com a multi-talentosa Ana Carolina.
O show terminou há pouco mais de uma hora. Com o gostinho de sempre mais um Natal passou. E este ano nem bebi champagne (a tradicional Ceresér que não falta nas festas do Corpo).
Vamos agora aguardar a virada de mais um ano.
Passarei na companhia de amigos muito especiais. A expectativa está bem grande para a festa, assim como para o que 2010 promete!
A primeira semana do ano vindouro terá como paisagem a minha querida Terra da Garoa. Pretendo me esbaldar de cultura, cerveja e energia.
O Ano Novo trará alem das eleições presidenciais os desafios do meu último ano de faculdade.
Finalmente: Cientista Social.
Antes disso tudo, porém, neste domingo não percam “2 Filhos de Francisco” na TV e na segunda-feira à noite, “O Diabo Veste Prada”. Ótima indicação de um grande amigo.
Everybody want to be us!
PS: Feliz Ano Novo a todos! Muita paz, amor, saúde e tranquilidade de espirito!
Voltarei em Janeiro com novidades da viagem e do que mais me fizer "devaniar"